A OCUPAÇÃO DA MATA SETE CRUZES (MATA CAMBIRI).
No ano de 2008 visitei a Mata Sete
Cruzes a convite do senhor Samuel que na época era coordenador pedagógico na
escola Oswaldo Aranha Bandeira de Melo.
O senhor Samuel também coordena uma ONG denominada ATRIA.
O senhor Samuel
foi responsável por uma ação judicial que tentava barrar a ocupação da Mata
Sete Cruzes. Participei de algumas reuniões com a comunidade que debateu o tema
e participou do movimento Pró Mata Cambiri.
No final do
ano letivo me afastei da escola Oswaldo Aranha Bandeira de Melo e passei a trabalhar apenas na EMEF Olinda Menezes Serra Vidal. No ano de 2011, voltei a visitar a Mata
Sete Cruzes.
Algumas
pessoas foram importantíssimas para que fosse possível esse trabalho de campo
que envolveu pais e estudantes. O senhor João Bosco (Diretor Escolar) e a Senhora
Jeanne Aguiar (Professora e ativista do Greenpeace).
O objetivo
dessa incursão á mata foi verificar as condições das nascentes que alimentam o
Rio Guaió em relação á ocupação que teve inicio no ano de 2008.
Durante o
percurso os estudantes tiveram oportunidade de ouvir os educadores que fizeram
do espaço uma sala de aula sem lousa, mesa, cadeira e principalmente porta de
entrada e saída.
O principal
objetivo foi discutir a importância da relação dos jovens com os recursos
naturais que a Mata Sete Cruzes dispunham e que de forma consciente ou
inconsciente por parte de quem ocupava influenciavam a degradação do ambiente.
As
entrevistas com o Senhor José, morador local demonstra a fragilidade de apontar
como os únicos culpados as pessoas que fizeram da mata sua moradia.
Concluímos
que todos os moradores do bairro da Cidade Tiradentes deviam conhecer a
realidade por trás da ocupação da Mata Sete Cruzes. Não é apenas uma ocupação,
também é um problema ambiental.